quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Recife Jazz Festival celebra a boa música instrumental contemporânea



A sétima edição do Festival traz atrações de quatro países e é marcada pelo incentivo à música improvisativa.

O Recife Jazz Festival chega a sua sétima edição trazendo destaques da música internacional, sem esquecer o incentivo à cadeia musical pernambucana. Nos dias 13 e 14 de novembro (sábado e domingo), o público vai poder conferir grupos da Argentina, França e Cuba, que se revezarão no palco do Teatro de Santa Isabel, num evento grandioso, dentro das comemorações de 160 anos deste tradicional espaço para espetáculos. Ao lado da programação musical de novembro, com atrações internacionais, o RJF 2010 agrega ações complementares como o Primeiro Concurso Tremplin Recife Jazz/Pátio Sonoro; Shows –aula dos renomados representantes da música instrumental Ricardo Cavalli e Alejandro Vargas e Palestras sobre Monetização e promoção na internet; e Políticas públicas para cultura.
Ao longo das sete edições, o Recife Jazz vem se consolidado como um importante espaço para a difusão da música improvisativa que se faz em Pernambuco e no mundo. “Recife, pela diversidade de ritmos, de cultura, naturalment,e já favorece essa experimentação sonora, esse intercâmbio musical”, destaca o coordenador geral do Recife Jazz Festival, Alex Corezzi, demonstrando que o jazz, assim como muitos outros gêneros, acaba sendo beneficiado pela criatividade e pela troca de experiências musicais. Isso chama a atenção do público e dos músicos também, que podem, assim, sempre ter “matéria-prima” abundante para seus trabalhos.

A representatividade do Recife Jazz é tão significativa que ele é considerado “O” Festival de Jazz da Cidade, e carrega, como marca principal, proporcionar o acesso a uma música outrora, erroneamente, considerada por alguns como elitista. “Popularização sempre foi o foco do Festival. Realizar um evento como esse aqui no Recife, de alto nível musical e em espaço populares, torna os jazzistas mais próximos do público. Sempre digo que as pessoas não podem gostar do que não conhecem!”, afirma Corezzi, sem esquecer que a iniciativa em muito se deve ao crédito e ao incentivo dos apoiadores e do respaldo dado pelo público.

O Recife Jazz Festival 2010 é uma realização da SaxJazz Produções, com incentivo da Prefeitura do Recife, e apoio do Consulado da França no Brasil, Ong Cultures France, Instituto Cervantes, FaroLatino Música e Vídeo.


AÇÕES DO RECIFE JAZZ FESTIVAL 2010

Concurso Tremplin Recife Jazz Pátio Sonoro - Tremplin (trampolim em francês) é mesmo o nome apropriado para um concurso que tem como objetivo incentivar a profissionalização de jovens instrumentistas e colaborar para a formação de seus trabalhos. As bandas se inscreveram gratuitamente enviando release e música de trabalho. O concurso selecionou oito grupos (Marcos Lira; Ska Maria Pastora; Luciano Emerson e Banda Síncope; Dom Angelo Jazz Combo; Mojav Duo; Sebastian Pitre -Flamenguinho; Oxent Groove; Cazumbá) que participam de três etapas e uma final a ser realizada no dia 12 de novembro. A banda ou artista vencedor ganha gravação, mixagem e masterização de mil cópias de cd em SMD (mídia que demanda menos custos e ótima peça de distribuição para os artistas). A gravação será feita no Recife e a mixagem e masterização na Argentina, num estúdio especializado em jazz. Além disso, ao menos dois grupos participantes do concurso serão atrações confirmadas do Recife Jazz 2011, independente da ordem de classificação.

Graças à parceria com o projeto Pátio Sonoro, da Prefeitura do Recife, o Tremplin representa a oportunidade de o público conferir, de maneira gratuita, música de esmero, num espaço popularmente conhecido como o Pátio de São Pedro, região central do Recife. O Projeto Pátio Sonoro é uma das ações do segmento de música da Secretaria de Cultura do Recife, coordenado pela diretoria do Espaço Cultural Pátio de São Pedro. O projeto hoje é uma referência para quem faz música no Recife, além de ter ampliado seu conceito para atender aos diversos segmentos da música.

Shows-aula - entendendo que a música, independente de ser jazz ou não, não deve ser presa a amarras ou a épocas, mas estar sempre se reinventando, experimentando, a sétima edição do Recife Jazz mantém o compromisso de proporcionar o debate acerca da produção musical instrumental contemporânea. Os shows aula vão proporcionar ao público a oportunidade de conhecer melhor os trabalhos de dois artistas que vêm se destacando na cena musical. O argentino Ricardo Cavalli é eleito pela imprensa especializada como o melhor saxofonista desde 2000, anualmente, sem interrupção até hoje. O músico tem mais de vinte anos de experiência docente, ensina improvisação de uma maneira particular e conduz seminários em várias instituições e contextos. Alejandro Vargas, por sua vez, é promotor da música clássica em Cuba, e a estética que funciona em seu discurso de composição baseia-se no popular, trazendo esta expressão para a cena do jazz cubano.

Palestras - Monetização e promoção na internet (com Javier Fainzaing e Jorge Sadi). Monetização é a cobrança por visitas no Youtube, um tema que interessa a todos – músicos ou não - que têm conteúdos disponibilizados no Youtube. Políticas Públicas para cultura (com Fabiola Antonni), tema bastante recorrente e que interessa amplamente aos músicos e produtores culturais. As palestras serão realizadas pela Farolatino Música e vídeo, com o apoio do Instituto Cervantes de Recife. “O Instituto Cervantes se interessa em participar como parceiro do Recife jazz Festival dado o conteúdo do evento. O nosso interesse é apoiar contínuos diálogos interculturais, e, nesse sentido, o Festival de Jazz de Recife é um exemplo de incentivo e divulgação da inovação musical através da interculturalidade”, destaca o Assessor Cultural do Instituto Cervantes em Recife, Fernando Ribot Cortés.

Histórico Recife Jazz Festival – Durante três anos, o público lotou o Pátio de São Pedro para conferir o Recife Jazz Festival, numa demonstração de que o tradicional reduto da cultura popular também é aberto às novidades da música instrumental que se faz em várias partes do mundo. O evento contou com a ampla divulgação, através de especiais veiculados pela TV Universitária de Recife, a mais antiga tv universitária do país. Na quarta edição, o Festival foi transmitido pela TV Pernambuco, emissora de caráter cultural, dessa vez, na Torre Malakoff, Bairro do Recife, antigo observatório astronômico e atual palco de destacados espetáculos musicais. O RJF permaneceu na Torre Malakoff nas quinta e sexta edições. Em 2009 o Recife Jazz foi um dos destaques da Jazz Magazine, a mais antiga e importante revista do gênero no mundo, com circulação de 30.000 exemplares/mês . A publicação dedicou duas páginas para a cobertura do Festival. Em 2010, o RJF mantém o objetivo de democratizar o acesso da população a atrações de qualidade e promover o intercâmbio entre a música pernambucana improvisativa e o que se produz de mais inovador no jazz contemporâneo mundial. Um dos destaques da sétima edição é o Concurso Tremplin Recife Jazz/ Pátio Sonoro, um incentivo à profissionalização e difusão de novos talentos da música instrumental nordestina.

Sobre o Teatro de Santa Isabel: http://www.teatrosantaisabel.com.br/home/

O Teatro de Santa Isabel, monumento tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 31 de outubro de 1949, representa o primeiro e mais expressivo exemplar de Arquitetura Neoclássica em Pernambuco e um dos mais notáveis do país. A ideia de construir um Teatro público no Recife, capital da província, partiu de Francisco do Rego Barros, futuro Conde da Boa Vista, presidente da província de 1837 a 1844. Seu realizador foi o engenheiro francês Louis Léger Vauthier e este teatro representou a obra de maior vulto dentro do projeto de modernização idealizado por Rego Barros para Pernambuco. O Santa Isabel é considerado por muitos como o mais belo edifício teatral do império. Um dos poucos exemplares do genuíno neoclassicismo erguidos no Brasil na primeira metade do século XIX. Homenageando a Princesa Isabel, o teatro foi inaugurado em 18 de maio de 1850 com o drama O Pajem D’Aljubarrota, de Mendes Leal, escritor português dos mais encenados na primeira metade do século. O Teatro de Santa Isabel recebeu Dom Pedro II, Castro Alves, Tobias Barreto, Carlos Gomes, a Bailarina russa Ana Pavllowa, Procópio Ferreira, dentre outros. O Teatro vem prestando um grande serviço à cultura do Brasil. Assim, faz-se importante se homenagear esse importante monumento da cultura nacional e o Recife Jazz Festival se faz presente nesta ocasião.


PROGRAMAÇÃO RECIFE JAZZ FESTIVAL

SÁBADO 13/NOV
21h - Alejandro Vargas (Cuba)
22h - Paris Jazz Underground (França) - com Karl Jannuska/David Prez /Sandro Zerafa /Robin Nicaise (Músicas dos respectivos trabalhos solos.)


DOMINGO 14/NOV

20h - Paris Jazz Underground (França) – com Romain Pilon /Yoni Zelnik /Amy Gamlen (Músicas dos respectivos trabalhos solos)
21h - Ricardo Cavalli (Argentina)
22h - X'tet Bruno Regnier (França) - Com o espetáculo : "Au large d'Antifer"


PROGRAMAÇÃO TREMPLIN RECIFEJAZZ/PÁTIOSONORO

DIA 12/NOV - FINAL
Cazumbá (Maranhão)
Oxent Groove (Paraíba)
Luciano Emerson (Pernambuco)
Apresentação especial de encerramento - X`Tet Bruno Regnier (França) 23h

PROGRAMAÇÃO SHOWS-AULA

Dia 15/nov - Ricardo Cavalli (Argentina) – 18h30
Dia 16/Nov - Alejandro Vargas (Cuba) – 18h30

PALESTRAS
Dia 13/Nov, 14h
Monetização e promoção na internet - Javier Fainzaing e Jorge Sadi - http://www.farolatino.com/
Políticas públicas para cultura - Fabiola Antonni - Musicos en Nombre del Chile.

SERVIÇO:
Recife Jazz Festival
Dias 13 e 14 de Novembro
Teatro de Santa Isabel, bairro de Santo Antônio
A partir das 21h no sábado e das 20h no domingo
Entrada: R$ 20 e R$10
Informações: site produzido pela produção do evento: http://www.recifejazz.com/

Concurso Tremplin Recife Jazz/Pátio Sonoro (uma das ações do Recife Jazz Festival 2010)
Dias 22 e 29 de outubro, 5 e 12 de novembro (final).
A partir das 21hs. Na final, a partir das 20hs.
Pátio de São Pedro.
Entrada gratuita.
Informações: http://www.recifejazz.com/

Shows-aula Recife Jazz Festival
Local: Teatro Barreto Júnior, Pina.
Dia 15/Nov - Ricardo Cavalli (Argentina)
Dia 16/Nov - Alejandro Vargas (Cuba)
Hora: 18h30
Entrada: R$ 15,00
Informações: site produzido pela produção do evento: http://www.recifejazz.com/

Palestras Recife Jazz Festival
Dia 13/Nov, 14h.
Instituto Cervantes, Av.Agamenon Magalhães, 4535 – Derby, Recife-PE
Entrada Franca.

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